Usando o HTML5 sem medo

É notável como gradativamente a gente vem ouvindo cada vez mais sobre HTML5 e CSS3. Os sites com experimentos não param de aparecer na web, muitas referências boas com excelentes dicas sobre escrita e semântica, e até mesmo websites profissionais (desenvolvidos por empresas da área do desenvolvimento web), começam a tornar-se cada vez mais comuns.

Mas é óbvio que o HTML5 não está maduro o bastante para simplesmente abandonarmos a cautela e acharmos que todo o nosso público utiliza Google Chrome. Na verdade, acredito que os desenvolvedores Web já aprenderam muito com o IE 6 (e vibraram muito com a sua morte) para cometer este tipo de equívoco de novo.

Mas então, até onde podemos “arriscar” no HTML5 e CSS3? Quando poderemos enfim falar para os nossos clientes que utilizaremos HTML5 nos sites deles?

O site When can I use… pode responder esta pergunta para você!

Ele apresenta alguns recursos da HTML5 e CSS3 e qual a previsão de suporte para determinado navegador (IE, Opera, Safari, Firefox e Chrome). Por exemplo, segundo o site, o IE só terá suporte nativo ao Canvas em sua versão 9.

Mas dá pra usar ou não?

"Comunidade Drupal incentivando ao uso do HTML5"
Comunidade Drupal incentivando ao uso do HTML5

Já utilizei HTML5 em alguns projetos. Devo confidenciar que foram projetos “na surdina”, ou seja, os clientes e demais envolvidos não sabiam que o desenvolvimento estava sendo feito em HTML5 (sendo revelado somente depois de concluído). Como fiz para utilizar a HTML5 sem me preocupar com IE? Bom, por mim eu simplesmente ignoraria o IE, mas comercialmente falando isto seria um tiro no pé.

Então assistindo a uma conferência da W3C Brasil, o Elcio do Tableless mostrou algumas soluções para quem enfrenta o dilema de fazer funcionar nos bons e nos maus navegadores.

Primeiramente, deixa eu parabenizar o Tableless pelo excelente “HTML5 – Guia de referência para os desenvolvedores web”. É justamente neste guia, mais exatamente no capítulo 2, que são apresentadas técnicas de detecção para sabermos se o browser do internauta suporta determinado recurso ou não.

Outra excelente referência é o Dive into HTML5. Onde, além dos conceitos somos levados à prática em um material muito bem escrito e divertido.

Utilizando estas técnicas eu digo: É possível sim! Mas tenha em mente que muitas coisas ainda são Drafts, ou seja, amanhã simplesmente podem deixar de existir (o que já aconteceu). Então não invente… use sem medo essa nova safra de elementos como article, section, aside, etc. Também experimente as tags video e audio, elementos canvas e brinque com o localStorage, mas evite recursos muito “extravagantes”.

Para finalizar, visitem o “HTML5 Unleashed: Tips, Tricks and Techniques”. É um megaboga tutorial de HTML5 que aborda desde os elementos “mais seguros” até técnicas para detecção e para renderização no IE.

E vamos aguardar o livro do Maujor.