E mais uma vez tive a oportunidade de acompanhar o trabalho do @davidsonfellipe, @keppelen e de tantos outros colaboradores, na realização do Front in BH 2k17. Que na minha opinião é {hipérbole-alert} um dos melhores eventos de front-end desse país {/hipérbole-alert}.
Disclaimer 1: Sim! Esse artigo é completamente parcial. Embora eu seja (atualmente) um desenvolver back-end, tenho um enorme carinho por esse evento. E essa edição foi mais que especial pois a Giselli Brasil, minha esposa, esteve presente e assistiu as apresentações comigo.
Disclaimer 2: Infelizmente não pude ficar até o final, e acabei perdendo as apresentações de Beto Muniz, Paula Faria, Marco Gigliarano, Michael Lancaster e Felipe Silva.
O evento foi muito bom. Fora alguns probleminhas com o acesso a Wi-fi (provavelmente mais culpa minha do que da organização), a experiência foi muito boa (como tinha sido lá em 2013). É um evento diferente de Python Brasil, FISL ou BrazilJS. Menor e mais focado, com apenas uma trilha, você sabe exatamente o que irá assistir. Isso não o torna menos interessante! Particularmente gosto de eventos assim e as minhas expectativas foram completamente atendidas.
Uma das conclusões que tirei é, caro leitor (principalmente você, nobre colega de back-end), se você estiver fazendo front-end sem utilizar componentização, você não está "surfando a onda".
Para abrir o dia, a Tessa deu uma aula de simpatia e uma rápida introdução ao mundo dos ChatOps. Segundo a sua apresentação, ChatOps é:
(...) a way of collaborating which connects teams, tools, & processes to create an automated and transparent workflow.
Na Loadsmart estamos testando o conceito através de Slack + Heroku. O artigo do Heroku Dev Center é uma maneira de ver esse conceito funcionando na prática: https://devcenter.heroku.com/articles/chatops.
A palestra em si foi bem introdutória, mas com conteúdo o suficiente para atiçar a curiosidade do público.
O Guilherme, em uma das palestras mais interessantes do evento, apresentou como a VTEX leva a multiplataforma para um novo nível, reaproveitando grande quantidade de código no Desktop e Mobile.
Entre as ferramentas citadas, os já esperados React e React Native marcaram presença. Além disso, ouvimos falar também de Tachyons, Redux Logic e Redux Persist.
O que mais me chamou a atenção em seu talk foi a parte de bridging entre React e as interfaces nativas dos aparelhos. Confesso que até então não tinha ouvido falar do assunto: http://www.codepool.biz/react-native-bridging-modules-android.html
Logo na sequência veio o Diogo Moretti, com toda a acidez e irreverência, dar um puxão de orelha na galera que ainda acha que sistemas de Grid são a salvação do mundo.
Eu (que sou "Pure CSS lover") tomei um choque de realidade com essa palestra. O mundo do front-end está mudando, e eu simplesmente não fazia ideia de que havia uma maneira mais elegante de resolver a questão de grids.
Confira os slides da palestra.
Um dos highlights da apresentação foi:
Grids não-semânticos só fazem sentido com CSS Puro.
E em tempos onde fazer "CSS puro" está cada vez mais raro, tendo a concordar com a opinião do Diogo.
Então, ao acabar de ler esse post, não deixe de conferir:
O pessoal da Hotmart marcou presença no evento como patrocinadores e também como palestrantes. O tema foi o racional por trás da escolha do Vue.js, levando em consideração o ambiente dinâmico de uma Startup.
Através de um processo bem pragmático (e deveras democrático), eles foram capazes de escolher a ferramenta, medindo diferentes aspectos e seus prós e contras.
Estou aguardando ansiosamente a publicação dos slides para "roubar" o método para mim.
E a Loadsmartfirma também marcou presença, enviando o Ilya para falar da experiência de mudar um produto feito em Angular para React.
Eu sou completamente suspeito para falar sobre essa apresentação, já que trabalho com o Ilya, e sei das dores de manter a solução em Angular. Mas o mais bacana é que ele abriu alguns detalhes, como por exemplo, a necessidade de manter tanto Grunt quanto webpack rodando em paralelo, já que ainda existe um legado em Angular que precisa estar operacional, além das novas features que ganham vida em React diariamente.
Além disso, deixou saliente as dificuldades de escrever React, e os riscos de mover grandes pedaços de lógica de negócio (que estão lá funcionando há anos) para uma nova ferramenta.
Sem dúvida, uma palestra apaixonada.
Por motivos de força maior, não pude acompanhar as demais palestras do dia. Mas seguindo a reação do público no Twitter, fica evidente que o pessoal gostou bastante.
Saí completamente satisfeito do Teatro Ney Soares. E o cafézinho mineiro em Confins foi a cereja do bolo.
Veja a lista de todas as palestras aqui.
Até a próxima, e espero te encontrar no Front in BH 2k18 :)